Depoimentos

Depoimentos coletados por participantes:

“É imensurável o impacto indireto que o Projeto Taquara teve em minha vida além da questão do aprendizado sobre o bambu. Foi dentro do Projeto que tive contato com maquinários pesados pela primeira vez e com isso aprendizado maior sobre marcenaria e as diversas cadeias produtivas industriais, mesmo que sem relação direta com o bambu. Também o conhecimento operacional da execução de projetos e da elaboração de projetos executivos foi adquirida devido a dinâmica de como nos organizávamos como grupo sendo independência do grupo dentro do projeto para tomar decisões também foi crucial nesta parte. Sinto que o Projeto me forneceu mais habilidades exigidas no âmbito profissional do que a própria graduação e estágios”

(Eduardo Miguel, engenheiro, extensionista 2015-2018).

“Na minha época a grade curricular do curso de Design ainda não dedicava um espaço para a formação em sustentabilidade. Desta forma o conhecimento dentro deste tema obtido na formação tradicional não pode ser tão rico quanto os conhecimentos obtidos dentro do Projeto Taquara. Porém, o marco zero para o contato com esse conhecimento ocorreu no momento em que o projeto foi contemplado com o Prêmio Universidades Solidárias. Este prêmio tinha como objetivo, financiar projetos universitários com foco em sustentabilidade por todo o Brasil. Os projetos contemplados deviam seguir um protocolo de indicadores a serem cumpridos dentro de um prazo. Estes indicadores tocavam as esferas ambientais, sociais e econômicas, o que nos fez acordar para o que era a sustentabilidade de fato, ao mesmo tempo que nos ensinou que apenas com Design não seria possível realizar um feito tão grande. O prêmio nos abriu os olhos para a profundidade do tema e nos fez perceber também que a própria universidade ainda não estava apta para a formação em sustentabilidade de designers”.

(Rodrigo R. Carneiro, designer, extensionista 2008-2010).

“Tornei-me consciente sobre a complexidade das problemáticas sociais, econômicas e ambientais e a urgente necessidade de mudanças, principalmente a que diz respeito ao nível e ao padrão de produção e consumo de novos produtos. Estar membro do Taquara me possibilitou estudar sobre a formulação teórica-conceitual do termo desenvolvimento sustentável e as tentativas de implementação de ações sustentáveis. Os estudos foram complementados com a atuação em ações extensionistas. As ações extensionistas junto a comunidades locais, como o assentamento rural Horto de Aimorés, aproximou-me da realidade socioeconômica de boa parte da população brasileira. Para entender esse cenário de marginalização socioeconômica, estive envolvido ativamente nas atividades extensionistas realizadas pelo Taquara junto a Viverde do assentamento. Essa aproximação tornou-me sensível à realidade que não vivencio, na qual trabalhávamos para transformá-la por meio da cadeia produtiva do bambu, visando a geração de renda com a comercialização de bambus, subprodutos, produtos e serviços”.

(Gabriel F. Santos, designer, extensionista 2009-2014).

“O Taquara foi muito importante para eu ter a visão de um ciclo completo da criação de um produto, apesar de estarmos numa época que tudo é muito industrial, com as etapas bem segmentadas e separadas, ter essa visão completa e participar de todas as etapas para entender melhor as características da matéria prima e os processos que ela passa ajudou a entender como projetar pensando além do produto final”.

(Laura C. Ribeiro, fotógrafa, extensionista 2015-2018).

“Entender melhor o que é a sustentabilidade e o que envolve ao pensar se é algo sustentável ou não, pois antes de entrar no Taquara parecia ser algo que não tinha nenhuma ligação comigo e tinha uma imagem muito de algo relacionado só com preservação da natureza, mas ao entrar no Taquara percebi que era muito além do que isso”.

(Ronni M. Guiotoko, assessor cultural, extensionista 2010-2012).

Depoimentos anônimos coletados nos relatórios PROJETO TAQUARA; ASSENTAMENTO HORTO DE AIMORÉS, [entre 2010 e 2018]).

“As oficinas semanais realizadas com os assentados e a vivência contribuíram para meu crescimento como homem, como cidadão, me mostrou outro lado de projetos universitários, me deu a oportunidade de trabalhar com um material que desconhecia tantas funcionalidades e que procurarei sempre aprender mais sobre essa cultura.”

“Quando o grupo se formou o que todos queriam era poder desfrutar de um espaço composto por Oficina de Processamento da Madeira, Laboratório de Experimentação com Bambu e uma área Agrícola com centenas de colmos produzidos anualmente, tudo isso às mãos e um apaixonado por bambu orientando e dando total liberdade e apoio aos alunos, o Prof. Dr. Marco Antonio Pereira dos Reis.”

“Das atividades que eu participei na comunidade e da vivência no laboratório com os assentados, me abriu os olhos sobre as possibilidades do trabalho coletivo como forma de troca constante de conhecimento. ”

“Acho que aprendi a ser mais ético, a partir do momento que comecei a ver as coisas com mais atenção e entender que não existe nada isolado”. “A experiência foi muito positiva pela possibilidade de participação em projeto de extensão, com desenvolvimento pessoal e possibilidade de atuar fora da sala de aula, junto a uma comunidade rural”